Pois é. Este vosso amigo tem andado tristonho, cabisbaixo. E porquê? Tem-lhe faltado um tecto a que pudesse chamar de seu. Mas isso agora acabou. É verdade que será difícil substituir o lar de três anos na Na Struze. Mas não se mudou para mal. Agora é para os lados de Letna, uma zona simpática, paredes meias com os parques de Stromovka e Letna, de onde se pode atingir a pé, com alguma boa vontade, o Castelo e a Praça da Cidade Antiga. Comércio não falta e, dizem os mais experientes, há para aqui restaurantezinhos simpáticos até dizer chega. A paragem de eléctrico fica a um minuto, e lá passam nada mais nada menos que duas carreiras nocturnas, um elemento chave nesta cidade. Do outro lado da rua um supermercado Bila, e mais abaixo uma loja de conveniência “non-stop”.

Agora vive-se a fase de descobrimento. Está na altura de explorar estas paragens. Ganhar rotinas. Marcar os sítios mais simpáticos, experimentar acessos. Entre as quatro paredes é necessário melhorar, construir o ninho, até porque o Inverno está ai a chegar. Por isso hoje foi dia de IKEA, na companhia da minha boa amiga checa Klara. Nada como o conselho feminino nestas coisas, e ainda usufruir de uma ajudinha para ultrapassar barreiras linguisticas.

E embora não interessando aqui para nada tenho que desabafar: hoje era para ter ido para Oslo, durante cinco dias. Mas ainda aqui estou. Graças à porcaria de tempo que se pôs na Noruega. A previsão é de chuva e mais chuva, entrecortada com neve para animar, e um frio de rachar. Não obrigado. Perderam-se os 25 Eur dos bilhetes mas controlaram-se as perdas. Se tivesse ido vinha uns 100 Eur mais pobre e provavelmente nada bem tratado pelos Elementos. Fica para a próxima.

Ricardo Ribeiro viveu durante três anos em Praga, apenas pelo amor à cidade e um dia decidiu criar um website dedicado à sua paixão. Actualmente mantém os fortes laços emocionais e sociais com Praga e passa alguns meses por ano por lá.

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