Grand Cafe Orient

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Sob o som melodioso do piano entramos. Para trás deixámos a entrada deste belo edifício cubista, onde se encontra, no piso térreo, o museu dedicado a esta corrente artística. O verde domina o espaço, requintado mas com um toque algo usado, que, se querem que vos diga, apenas realça de forma positiva o ambiente clássico que aqui reina. Junto às janelas as mesas são maiores, adequadas para grupos, com longos sofás a acompanhar as suas superfícies. Depois, ao meio e no canto, as mesinhas simples, com duas singelas cadeiras, estofo verde riscado com branco.

Sentamo-nos num desses conjuntos, perto das janelas, de onde podemos observar a sala em toda a sua extensão. O menu apresenta as sugestões de sempre: baguetes, chocolate quente, saladas, refeições ligeiras. Apenas os preços são mais elevados do que na maioria dos locais. Por uma baguete paga-se cerca de 4 Euros.

Hesito um pouco e acabo por me decidir por uma cerveja, Staropramen, de pressão. É excelente. Muito fresca, cheia de vida. Delicio-me com a espuma enquanto a música passa por momentos da pianada para uma balada clássica, por aí dos anos quarenta.

Observo as pessoas em redor. Um misto: há um grupo de estrangeiros obviamente de diversas proveniências; ao meu lado um casal de turistas com a mesa repleta de mapas e guias prepara-se para se levantar; do outro lado, um par de checos, de aparência bem sucedida na vida.

A sala está bem composta, sem contudo estar cheia. Lá fora o dia está cinzento, mas a beleza arquitectónica que nos rodeia não se fragiliza com a ausência do sol. Da janela podem-se ver detalhes numa outra perspectiva, elevada. Em dias solarengos e amenos a esplanada que corre na estreita varanda exterior será uma maravilha, com as suas românticas mesas e as suas vistas melhoradas, em redor do edifício.

É mais um local para se estar, de forma descontraída, eventualmente fazendo uso da Internet sem fios, gratuita. Se escolher bem a mesa, poder-se-á mesmo recarregar o computador enquanto se leem os e-mails.

Um café recomendável, clássico, mais natural que outras escolhas mais famosas, mas também mais turísticas. Aqui, sente-se o tempo que passou. Respira-se História… e estórias. Claro que é o pouso ideal para quem se interessa por estas coisas da arquitetura, para quem uma visita ao museu se sugere. Além de mais, a localização central é um fator encorajante. É quase impossível o visitante cirandar por Praga sem passar aqui à porta.

Como Ir: Na rua que liga a praça antiga da baixa da cidade à Namesti Republiky. Localizado no edífidio do Museu do Cubismo, numa esquina, perto da Torre da Pólvora.

Quanto Custa: Não é barato, considerando a média practicada em Praga. Mas não é caro para o viajante ocidental: 2 Eur por uma cerveja de meio litro, Cerca de 4 Eur por uma baguete.

Quando Ir: A meio de um dia de exploração, para descansar um pouco. Ou se o tempo estiver desagradável. É sempre quentinho no interior.

Contactos: Grande Orient Cafe Ovocný 569/19 110 00 Praha 1 – Telefone +420 224 224 240 – Website www.grandcafeorient.cz

Ricardo Ribeiro viveu durante três anos em Praga, apenas pelo amor à cidade e um dia decidiu criar um website dedicado à sua paixão. Actualmente mantém os fortes laços emocionais e sociais com Praga e passa alguns meses por ano por lá.

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