Tantos anos em Praga e não consigo acreditar como foi preciso chegar a 2017 para conhecer este interessante beer garden, tão característico, tão genuíno.

Acede-se por um portão, a que se segue uma pequena rampa, e depois dá-se de caras com o espaço. É um amplo descampado, talvez do tamanho de um campo de futebol, ou mesmo maior. Estão ali colocadas velhas mesas de madeira, longas, com bancos corridos, o mobiliário característico de um jardim da cerveja. A cor verde predomina: é a erva que cresce nos lugares menos pisados pelos clientes e os toldos com publicidade da Staropramen.

Já disse parte do mais importante: Staropramen é a cerveja aqui vendida, uma das quatro grandes marcas do mercado checo, por acaso uma que gosto, leve, refrescante. Há quem diga que parece água, muito fraca, mas é assim que gosto delas, para poder beber sem sentir os efeitos a bater demasiado rapidamente.

Uma coisa boa: as cervejas são servidas em copos de vidro, como deve de ser. Para mim isto é vital. Não só porque me parece saber melhor e manter durante mais tempo a frescura como me dói toda a poluição gerada com os copos descartáveis de plástico. Ah! E o preço é agradável. Em 2017, estava a 33 CZK.

Aos Domingos, eventualmente, um músico toda para os clientes. Por volta das 14 horas começa-se a acender o fogo para os grelhados: chouriços e espetadinhas são os petiscos mais comuns, mas podem-se experimentar queijos assados envolvidos em papel de prata e outras iguarias.

Daqui se faz uma boa base para visitar a colina de Vitkov, onde se encontra, no seu topo, o monumento equestre de Jan Žižka, o guerreiro medieval que deu nome ao importante bairro de Žižkov.

Não é provável encontrar aqui outros estrangeiros, ao contrário do que acontece noutros beer gardens de Praga, como o de Letna ou Riegrovy Sady, muito populares devido à sua localização central e onde às vezes os checos poderão estar até em minoria. É por isso que gosto. Apesar de ser um pouco remoto, para quem vem do centro.

Como ir: Do centro, o eléctrico número 9, em direcção a Spojovací, saindo em Ohrada.

Ricardo Ribeiro viveu durante três anos em Praga, apenas pelo amor à cidade e um dia decidiu criar um website dedicado à sua paixão. Actualmente mantém os fortes laços emocionais e sociais com Praga e passa alguns meses por ano por lá.

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